As Consultas de Condicionamento do Paciente Autista - Atendimento Odontológico.
A saúde bucal perfeita em controle sempre é importante para o bem estar físico dos pacientes clinicamente comprometidos (Pacientes com Necessidades Especiais), hoje vamos conversar um pouco sobre o atendimento do paciente autista, contribuindo para o sucesso do tratamento.
O autismo é uma condição crônica, caracterizado pela presença de importantes prejuízos em áreas do desenvolvimento, por esta razão o tratamento deve ser contínuo e envolver uma equipe multidisciplinar (Schwartzman, 2003).
O cirurgião-dentista fazendo parte de um contexto interdisciplinar se vê as voltas com pacientes que estão longe de uma cooperação mesmo que mínima, no que se refere ao tratamento odontológico convencional.
A análise do comportamento aplicada, ou ABA (Applied Behavior Analysis, na sigla em inglês) é uma abordagem da psicologia que é usada para a compreensão do comportamento e vem sendo amplamente utilizada no atendimento a pessoas com desenvolvimento atípico, autistas e transtornos invasivos do desenvolvimento (TIDs).
Um dos princípios básicos da ABA é que um comportamento é qualquer ação que pode ser observada e contada, com uma freqüência e duração, e que este comportamento pode ser explicado pela identificação dos antecedentes e de suas consequências. É a identificação das relações entre os eventos ambientais e as ações do organismo. Para estabelecer estas relações devemos especificar a ocasião em que a resposta ocorre, a própria resposta e as conseqüências reforçadoras (Meyer, S.B., 2003).
A responsabilidade dos especialistas em Pacientes Especiais e Odontopediatras neste aspecto de condicionamento são enorme: temos o papel importante de desmistificar medos dos barulhos do consultório odontológico (motorzinho, sugador...) e ajuda-los a lidar com suas ansiedades, ajustando-as ao nível apropriado para cada paciente e a cada situação.
O inicio do trabalho se dá com aos familiares, onde deverá existir uma interação completa. Após o contato e sensibilização dos responsáveis, desta forma, percebemos uma maior concordância e colaboração com o planejamento odontológico proposto e assim daremos início, junto ao paciente especial, ao seu tratamento.
A mais utilizada por nós é a interdisciplinaridade agregada a ludoterapia, a arte de brincar, transferindo seus anseios, vontades, expressões através de brinquedos didáticos e psicológicos. Em todas as seções, a técnica falar-mostrar-fazer, estão sempre presentes em nosso atendimento diário. Acredito que seja de suma importância, o condicionamento em um primeiro plano.
Regina Maria Raffaele.
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