Confecção de Dispositivos ou Protetores Bucais nos Pacientes UTI- Tubo Orotraqueal.
O
paciente em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) pode
apresentar lesão no sistema nervoso central como as que atingem o córtex
cerebral, o hipotálamo, e os sistemas reticulares e/ ou piramidal, devido a
traumatismo craniano, TCE, podem
alterar mecanismos cerebrais e modificar o reflexo mastigatório podendo apresentar lesões bucais, trismo e
bruxismo secundário, provocando lesões na mucosa bucal, lábios e língua. Em
pacientes neurológicos com rebaixamento do sensório, confusos e pouco
colaborativos e ou com o nível de sedação superficial, a confecção de dispositivos
ou protetores bucais são essenciais para diminuir o apertamento do tubo
orotraqueal.
O Bruxismo, a “etiologia multifatorial”
tem sido largamente utilizado pelos autores para expressar uma gama de
diferentes agentes etiológicos que poderiam estar relacionados à ocorrência de
tal fenômeno. Com respeito a essa “multifatoriedade”, sem dúvida, ainda há
muito a se pesquisar sobre a relação entre os mecanismos neurológicos
existentes em nível do Sistema Nervoso Central, SNC, e o bruxismo, uma vez que
já se reconhece que substâncias neuroquímicas são capazes de suprimir ou
exacerbar os movimentos.
Os dispositivos podem ser
confeccionados de diversos materiais: como acetato de polivinilo ou
polietileno-etileno, etil vinil acetato (EVA), copolímero de cloreto de
polivinilo, de látex de borracha, resina acrílica e de poliuretano.
No Hospital em qual trabalho,
sempre confeccionados alguns dispositivos para evitar que o paciente não morda
o tubo, o mais utilizado pela equipe de Odontologia Hospitalar é o JIG de
Lúcia, por ser mais fácil de ser executado, mais barato e rápido.
Segue abaixo as descrições de
alguns modelos:
O JIG de Lúcia um reprogramador neuromuscular é um dispositivo
confeccionado nos incisivos centrais superiores e, utilizado na clínica
odontológica com finalidade de desocluir os dentes e consequentemente e desprogramar
o padrão de atividade neuromuscular evitando que ocorram interferências
oclusais e, assim, possibilitando a melhor manipulação da mandíbula, como
também, possibilitando a avaliação das alterações e distúrbios na oclusão
dental (fig. 1).
Os outros dois modelos são
de etil vinil acetato (EVA), adquiridos
como protetores bucais já confeccionado e adaptados em uma das arcadas
dentárias (fig.2) e duplos tanto na arcada superior quanto na inferior (fig. 3),
e a indicação vai depender da intensidade do trauma, da condição dentária para
retenção e da presença do tubo endotraqueal, sendo a indicação individualizada,
podendo ser utilizada em crianças e adultos.
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